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Modos e Modas é o blog da Jornalista Deise Sabbag. Inspirado nas tendências com possibilidade de alcançar as ruas e focado nas tendências adequadas ao biotipo brasileiro. Deise é autora de três livros: “A Moda dos Anos 80”, “Na Moda de Corpo e Alma”, e “Beleza e Qualidade de Vida de A a Z”, glossário reunindo os principais verbetes do setor.
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Roupa Digital Reserva Espaço no Futuro da Moda

Written By Deise Sabbag on sexta-feira, 28 de maio de 2021 | maio 28, 2021




Num futuro próximo, as roupas digitais podem ganhar força  no universo da moda. A influenciadora Juliana Cunha lembra que esse  recurso insere a moda na realidade virtual. “Tais peças passam um ar futurista, lembrando até a estética usada na série ‘Black Mirror’. Criadas através de programas de computador, apresentam novos interesses de produção, venda e consumo da moda”, destaca a profissional.


 



A empresa ucraniana  Dress-X já comercializa essa novidade, que vem rendendo bons dividendos  para seus criadores. “Ano passado, em Nova York,  um vestido de pixels foi  leiloado por US$ 9.500  (cerca de R$ 53 mil). A peça foi criada pela marca holandesa The Fabricant, especializada em vestes e avatares virtuais e desenvolvedora da plataforma Leela, que permite criar de graça o  ‘eu digital’ de cada interessado. Pioneira desse mercado,   hoje cuida da produção  da marca  Dress-X”,  lembra a influenciadora.

 A empresária Natalia Modenova  alerta que uma pesquisa apontou que  9% dos habitantes dos países desenvolvidos compram roupas novas só para postar nas redes sociais. Esse estudo  estimulou  ela e sua parceira a investirem em um modelo de negócio mais sustentável, que  prega a troca do fast fashion pelo fast fashion digital.

 

Processo Digital




O cliente que deseja adquirir uma peça digital deve  escolher o modelo e mandar uma foto pessoal de corpo inteiro à equipe. O prazo de envio, que ocorre por e-mail, é de dois a três dias. O preço varia de acordo com a complexidade e o tempo gasto nos processos de produção, mas no geral os  valores das roupas oscilam entre US$ 25, ou R$ 140, e US$ 200, cerca de R$ 1.000.

Juliana conta que as roupas digitais começam a conquistar o consumidores de nosso país. A empresa Genyz, por exemplo, fundada por Cairê Moreira, é a pioneira dos avatares brasileiros e responsável pelas peças das influencers virtuais Mia Bot e Princess A.I. Essa marca também é a primeira da América Latina a oferecer um serviço de escaneamento corporal digital para fabricação de roupas físicas.


 



Também em nosso país, o Studio Acci,  comandado por Henrique Assis e Letícia Acciarito, desenvolve roupas 3D,  a partir de desenhos, fotografias e ideias. Os primeiros clientes são  empresas do segmento de  moda, que usam as peças  em propagandas ou editoriais.

 



Juliana Cunha defende  que a roupa virtual   “é uma forma  da indústria da moda se reinventar e expandir lucros, já que dispensa parte da sua tradicional mão-de-obra, matéria-prima, costureiras  e viagens de pesquisas”.  Fotos: M F Press Global

 

 

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Sobre Deise Sabbag

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Responsável por matérias especiais para o caderno B e titular de uma coluna no Diário Popular. Redatora especial e redatora de moda do City News, do grupo DCI, que posteriormente adquiriu o Shopping News e o Jornal da Semana. Idealizou e editou o Todamoda, que foi o primeiro caderno totalmente dedicado à moda no Brasil. Responsável pela execução de edições diárias em feiras nacionais de moda, como Fenit, Feninver, Feira de Moda de Fortaleza. Cobertura Internacional e pesquisas de tendências dos desfiles de alta-costura e prêt-à-porter em Paris, Roma, Milão e Londres. Docente do primeiro curso para formação de produtores de moda, ministrado pelo Senac. Foi membro do Conselho de Moda da Faap. Autora de três livros: “A Moda dos Anos 80”, “Na Moda de Corpo e Alma” e “Beleza e Qualidade de Vida de A a Z”.

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