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Modos e Modas é o blog da Jornalista Deise Sabbag. Inspirado nas tendências com possibilidade de alcançar as ruas e focado nas tendências adequadas ao biotipo brasileiro. Deise é autora de três livros: “A Moda dos Anos 80”, “Na Moda de Corpo e Alma”, e “Beleza e Qualidade de Vida de A a Z”, glossário reunindo os principais verbetes do setor.
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Programaço: participe da construção da Catedral da Sé em papelão.

Written By Deise Sabbag on terça-feira, 16 de outubro de 2018 | outubro 16, 2018



A construção coletiva de um grande monumento arquitetônico da cidade, feita com caixas de papelão, sem ajuda de máquinas ou guindastes, apenas com energia humana e força muscular. Ao final, tudo é desfeito. Essa é a proposta do artista francês Olivier Grossetête,  em Arquitetura Efêmera - Construção Coletiva de um Monumento de Papelão,  que chega a São Paulo (no Sesc Parque Dom Pedro II) para reproduzir uma construção efêmera da catedral da Sé, a maior igreja da cidade de São Paulo e um dos cinco maiores templos góticos do mundo.

Anotem aí: o  projeto acontece em três etapas: oficinas, construção e desconstrução. As oficinas ocorrem de 23 a 26 de outubro, em dois horários, às 10h30 e às 14h30, com duração de 3 horas cada. O público pode participar de todas ou de apenas uma. Inscrições a partir do dia 03/10 pelo e-mail: oficinas@carmo.sescsp.org.br ou na Central de Atendimento da unidade.

A montagem da construção efêmera da Catedral da Sé acontece no dia 27 de outubro, sábado. Os participantes são convidados a se reunir às 10h para começar a subir a torre. São necessárias cerca de 150 pessoas para cumprir essa etapa. torre fica em exposição até o dia 4 de novembro, domingo, quando todos podem participar da desmontagem.

montagem coletiva feita em papelão 

Grossetête convida os habitantes de uma cidade a se unirem para erguer um prédio utópico, temporário e inútil, feito de papelão e fita adesiva.
“O projeto, que mobiliza jovens e idosos,  visa  compartilhar a experiência de uma construção coletiva e o resultado final da obra. Ele nos permite recriar conexões uns com os outros, compartilhando momentos em comum. Podemos erguer montanhas ou pelo menos uma construção de um monumento medindo mais de 20 metros de altura e pesando mais de 1 tonelada”, revela o artista francês.

Durante os dias de oficinas, adultos, crianças a partir de 6 anos e  idosos são orientados para preparar elementos específicos da construção. Nesse  momento,  a abordagem artística é compartilhada e as técnicas usadas para construir são colocadas em prática. As partes específicas são construídas e os elementos do monumento, como telhados, arcos, varandas, são pré-montados. A programação conta com o apoio do Institut Français.

intervenção feita na Irlanda em 2017

Construção

Os habitantes da cidade, visitantes e passantes são bem-vindos durante todo o dia para construir o edifício. Os elementos produzidos anteriormente nas oficinas são preparados, novas caixas para completar a torre são construídas e a estrutura vai sendo levantada, andar por andar, etapa por etapa e fixadas com fitas adesivas. “À medida que progredimos, a estrutura se torna mais pesada e demanda mais pessoas para levantá-la. Nesta hora, precisamos de todos em seus devidos lugares e podemos sentir a força da energia coletiva”, explica o artista.

Desconstrução

Os participantes podem ajudar na demolição da construção. Ao final, o público é incentivado a pisar e pular em todas as caixas, num momento simbólico de diversão. Participam assim de um evento artístico em que cada um encontra seu lugar, numa performance coletiva.

O fim do projeto também é um momento de festa e alegria. Porém, com reflexão sobre a imagem e simbolismo da arquitetura que explora espaços urbanos e permite trazer questionamentos políticos e sociais.

Olivier Grossetête 

Nascido em Paris em 1973, vive em Marselha e trabalha no mundo todo. Estudou na École des Beaux-Arts, em Valence. Através do seu trabalho artístico tenta manter a poesia e os sonhos vivos em nossas vidas cotidianas. Utilizando brincadeiras com falsa ingenuidade, ele enfrenta um determinado contexto para questionar as leis, tanto físicas quanto sociais, que nos governam. 

Em 2002, criou colagens de documentos administrativos, como notas bancárias, multas de estacionamento e multas ou cartas de recusa com as quais ele invoca a realidade para inventar novas ficções. 

Outra faceta de seu trabalho se aproxima da escultura, apresentando “objetos poéticos” in loco. Esses funcionam cada um de sua própria maneira, indo e vindo entre sonhos, imagens poéticas e as leis que governam nosso mundo. Com as construções participativas de monumentos feitas de papelão, explora os espaços urbanos e nos permite vivenciá-los juntos. 

Serviço:
Arquitetura Efêmera - Construção Efêmera da Catedral da Sé - um Monumento de Papelão com Olivier Grossetête.
De 23 de outubro a 4 de novembro de 2018.
Evento grátis Oficinas: dias 23, 24, 25 e 26/10. Terça a sexta - Inscrições a partir do dia 03/10. 
Inscrições pelo e-mail: oficinas@carmo.sescsp.org.br

SESC Parque Dom Pedro II

Praça São Vito, s/n – Brás
Horário de funcionamento: De quarta a domingo e feriados, das 10h às 18h. 

Tel.: (11) 3111-7400;
https://www.sescsp.org.br/unidades/781_PARQUE+DOM+PEDRO+II/

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Sobre Deise Sabbag

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Responsável por matérias especiais para o caderno B e titular de uma coluna no Diário Popular. Redatora especial e redatora de moda do City News, do grupo DCI, que posteriormente adquiriu o Shopping News e o Jornal da Semana. Idealizou e editou o Todamoda, que foi o primeiro caderno totalmente dedicado à moda no Brasil. Responsável pela execução de edições diárias em feiras nacionais de moda, como Fenit, Feninver, Feira de Moda de Fortaleza. Cobertura Internacional e pesquisas de tendências dos desfiles de alta-costura e prêt-à-porter em Paris, Roma, Milão e Londres. Docente do primeiro curso para formação de produtores de moda, ministrado pelo Senac. Foi membro do Conselho de Moda da Faap. Autora de três livros: “A Moda dos Anos 80”, “Na Moda de Corpo e Alma” e “Beleza e Qualidade de Vida de A a Z”.

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