Sete looks exclusivos estão expostos na área reservada ao
Governo do Pará, na Green Zone, na Conferência das Nações Unidas sobre as
Mudanças Climáticas de 2025 (COP30). A mostra faz parte do
projeto Amazônia e Resistência que propõe um caminho sustentável, alinhando
inovação, cultura e responsabilidade ambiental.
O trabalho de produção de moda foi desenvolvido com mulheres privadas de liberdade da Coostafe e jovens atendidos nas Usipaz, sob a orientação pedagógica e direcionamento da paraense Alcimara Braga, estilista, professora de moda, ativista e fundadora da Semana de Moda Amazônica.
Chama a atenção na mostra um vestido feito com tecido desenvolvido a partir da fibra amazônica - criação pioneira e 100% nacional da Vicunha. Essa peça foi idealizada e costurada por Alcimara. O vestido conta ainda com acessórios em palha reaproveitada de esteiras, confeccionados pela Coostafe. A criação tem ainda a participação do artista visual Alan Soares no conceito, estabelecendo um diálogo entre tradição e contemporaneidade afro-indígena, temática abordada pela Usina da Paz da Terra Firme.
Fibra
de malva
Cultivada por comunidades
ribeirinhas na Amazônia, a malva cresce em harmonia com os ciclos naturais de
seca e cheia, dispensando desmatamento, irrigação artificial, agrotóxicos ou
fertilizantes químicos. A cadeia
produtiva da malva representa uma conexão profunda entre inovação, cultura
amazônica e responsabilidade, gerando emprego e renda com a floresta em pé.
Produzida pela empresa Castanhal Têxtil, a fibra de malva não degrada o solo,
não contamina águas, mantém a biodiversidade e captura CO2 de forma intensa e
rápida, contribuindo para mitigar as mudanças climáticas.
Para Alcimara, o jeans de malva fortalece a mostra. “O
projeto visa apresentar a Amazônia como potência da bioeconomia. Em um contexto em que
a moda é uma das indústrias que mais poluem o meio ambiente, a exposição apresenta
um tecido desenvolvido com fibra
cultivada na Amazônia, que é biodegradável e sustentável”, lembra a
estilista.
Por sua vez, Renata
Guarniero, gerente de Marketing da Vicunha, lembra que compromisso da empresa
têxtil é apoiar a moda brasileira criativa e pioneira, em sintonia com a agenda
global de sustentabilidade “Estar na COP 30 com um tecido inovador, desenvolvido
a partir de fibra amazônica é contribuir
para a conservação ambiental, valorização social e fomento das tradições de
regiões florestais”, expõe.




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