A montagem “Será que chego lá ?” une, com boa dose de humor, o teatro e o circo. Dirigido e estrelado pelo ator e palhaço Rodrigo Bella Dona, o espetáculo
conta a história do Palhaço Belinha que chega
a um lugar desconhecido com uma mala cheia de segredos. A jornada emocionante
do palhaço é mostrada ao público por meio da riqueza visual de cores e truques.
Belinha
perde o único transporte para tirá-lo daquele lugar ermo e precisa enfrentar o
tédio, a fome e a solidão enquanto espera a chegada do próximo. Cansado e
entediado, ele passa a jogar com as situações que aparecem e se diverte usando
malabares, equilibrismo, magia e muita cara de pau.
A jornada do palhaço tem
um pouco da história de todo brasileiro que deixa suas origens para tentar
alcançar seu sonho em um lugar desconhecido. “A ideia nasce um pouco da minha
história de vida e do desejo de quem vai para uma cidade grande em busca do
sonho artístico. Enfrentamos medo e
frustração, mas há a esperança que a nossa busca de felicidade se
desenvolva”, conta Rodrigo, que fez o caminho do interior de Minas para a
capital paulista atrás do sonho de ser artista.
Para a criação dessa jornada, ele une elementos de palhaçaria
clássicos e contemporâneos. O ator diz que essa união reflete a realidade do
circo hoje. “Há uma leva de pessoas circenses que não nasceram debaixo da lona,
em famílias circenses. Por isso, trazer essa junção é importante. Tento
resgatar as brincadeiras tradicionais de circo, desmontando esses números e colocando
fragmentos dentro do espetáculo, sem perder a essência”, explica.
Responsável pela orientação cênica, Esio Magalhães lembra que estimulou Bella Dona para encontrar, a partir
da sua visão, a dramaturgia do espetáculo. "Abrindo outras possibilidades
que o palhaço pudesse compor com brincadeiras, jogos, ideias, imagens, viagens
fomos expandindo até chegar na dramaturgia estabelecida e o seu palhaço se
apropriar e compor junto”, explica.
Rodrigo Bella Dona é ator e palhaço, formado em humor pela SP
Escola de Teatro e fez diversos cursos de palhaçaria. O espetáculo mostra a
criação cênica do jogo e do improviso, com o palhaço como uma figura cômica,
mas ágil para resolver conflitos e se livrar de situações indesejadas.
Para Bella Dona, a preparação para os números de malabarismo e
equilibrismo foi um desafio. Durante a
fase mais crítica da pandemia, ele teve aulas presenciais e online com Duda
Becker, que lhe deram segurança para encarar essas expressões corporais no
palco. Das aulas também surgiu a criação das oficinas de malabares, que fazem
parte do projeto, além das apresentações. Ele espera que esses elementos
despertem no público um resgate da infância e das brincadeiras de rua.
Fotos: Érik Almeida
Ficha técnica:
Roteiro e direção: Rodrigo Bella Dona. Orientação cênica e dramatúrgica:
Esio Magalhães. Assistente
de Direção: Camila Scatena. Criação de figurino e cenário:
Telumi Helen. Coordenação
de Produção: MIM MEI MAC.
Serviço:
Espetáculo circense Será
que chego lá?
Classificação: Livre.
Ingressos: Grátis, retirada com 1 hora de
antecedência.
Teatro Cacilda Becker
Dias 12 e 13 de novembro, sábado e domingo às 16h.
Dia 16 de novembro, quarta-feira às 10h e às 14h30.
R. Tito, 295 – Lapa - Tel: (11)
3864-4513.
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