Trinta anos de saudades do sorriso assíduo no rosto do baiano de Itabuna Ney Galvão. Inesquecível a tropicalidade que ele colocava em suas criações. Era a pura a alegria na moda ! As roupas que ele assinou eram sempre exuberantes, inspiradas em personalidades nacionais e marcadas por profusão de coloridos, decotes, plissados, babados e flores.
O estilista - que nos deixou em setembro de 1991 -, tinha
orgulho de sua brasilidade e isso era
visível em suas coleções. Foi mestre em oferecer uma salada apetitosa de cultura afro-brasileira, praia, artesanato,
tropicália e sensualidade, utilizando
matérias-primas de preferência nacionais, como
algodões e chitões floridos, crepes, cetins, sedas.
Sem se ater às tendência
internacionais, a carreira de Ney Galvão
foi marcada pela inspiração em figuras de nosso repertório, como Carmem Miranda, Gabriela Cravo e Canela, Maria Bonita, para
valorizar e autenticar a silhueta
da brasileira. "Não poupo a inesgotável fonte de riqueza
do nosso país", apregoava.
Ele assinava o final de suas
apresentações, nos programas TV Mulher,
da Rede Globo, e Dia a Dia, da Rede
Bandeirantes, enviando para as telespectadoras “um cheirinho com sabor de dendê”.
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