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Modos e Modas é o blog da Jornalista Deise Sabbag. Inspirado nas tendências com possibilidade de alcançar as ruas e focado nas tendências adequadas ao biotipo brasileiro. Deise é autora de três livros: “A Moda dos Anos 80”, “Na Moda de Corpo e Alma”, e “Beleza e Qualidade de Vida de A a Z”, glossário reunindo os principais verbetes do setor.
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Covid 19 Provoca Grande Desaceleração no Mercado Global de Luxo

Written By Deise Sabbag on sexta-feira, 29 de maio de 2020 | maio 29, 2020



Diante do colapso global causado pelos lockdowns e pela paralisação do turismo em todos os principais mercados, a indústria do luxo enfrenta um grande desafio. Depois de cair em cerca de 25% no primeiro trimestre de 2020, a desaceleração deve aumentar no segundo trimestre e pode levar a uma contração estimada entre 20% a 35% ao longo do ano. 

A China começou a liderar o caminho para uma recuperação e os seus consumidores devem consolidar seu status como motores cruciais do setor, representando quase 50% do mercado até 2025. As compras de luxo feitas online aumentaram durante a crise e o canal pode representar até 30% do mercado até 2025.

Essas são as principais conclusões do estudo da Bain & Company, uma das principais consultorias estratégicas do mundo, divulgado em colaboração com a Fondazione Altagamma, a fundação da indústria de fabricantes de produtos de luxo italianos.



Transformação à Vista

Segundo a Bain, haverá uma recuperação para o mercado de luxo, mas o setor será profundamente transformado. A crise do coronavírus forçará a indústria a pensar de forma mais criativa e inovar ainda mais rapidamente para atender a uma série de novas demandas dos consumidores e restrições de canal.

A consultoria  estima que o mercado de bens de luxo pessoais tenha caído 25% no primeiro trimestre do ano, com a expansão da Covid-19 na Ásia e, depois, em todo o mundo.  Um forte início de ano em todas as principais regiões (China, Europa e América) foi rapidamente afetado pela imposição de lockdowns e pelo colapso do turismo, o que ampliou o declínio na Europa. As vendas de luxo no Japão e no resto da Ásia também caíram, embora a um ritmo um pouco mais lento.

As compras de luxo online permaneceram resilientes, enquanto os modelos tradicionais de lojas, incluindo as de departamento, sofreram quedas acentuadas. O varejo de viagens foi dizimado pelo desligamento do transporte aéreo em todo o mundo.

De acordo com a Bain, à medida que os consumidores emergem lentamente dos lockdowns, a maneira como enxergam o mundo mudará e as marcas de luxo precisarão se adaptar. A segurança na loja será obrigatória, e deverá ser combinada com a "magia" da experiência de luxo: maneiras criativas de atrair clientes para a loja ou de levar o produto ao cliente farão a diferença.

Todas as categorias sofreram quedas, com acessórios mostrando a maior resiliência e relógios caindo mais devido à falta de plataformas de vendas online para compensar o fechamento dos canais físicos.



Olhando para o futuro

Vai levar tempo para o mercado se recuperar. A Bain & Company antecipa que uma recuperação para os níveis de 2019 não ocorrerá até 2022 ou 2023. O crescimento do mercado será retomado gradualmente a partir de então, atingindo entre € 320 e 330 bilhões em 2025.

Para a consultoria, a velocidade do crescimento futuro do mercado dependerá das respostas estratégicas dos players de luxo à crise atual e de sua capacidade de transformar o setor em nome do cliente.

Os consumidores chineses devem confirmar seu lugar como os compradores mais importantes do segmento, respondendo por quase metade de todas as compras em todo o mundo até 2025. Como região, a China continental representará 28% do mercado de luxo, ante 11% em 2019.

O canal online, que já registrou um crescimento de dois dígitos em 2019, continuará ganhando participação e respondendo por até 30% do mercado até 2025, movimento puxado pelas novas gerações (Geração Y e Geração Z), a maioria do mercado de luxo.

Diante de uma crise sem precedentes, os players de luxo precisarão agir agora para criar seu futuro. Todos os aspectos do mercado, da criação à distribuição, do marketing à cadeia de suprimentos e, crucialmente, da interação com os clientes finais, precisarão ser repensados ​​para se adequarem a um mundo em mudança.

Para a Bain, as marcas vencedoras serão as que melhor interpretarão o cenário atual, ao mesmo tempo em que permanecerão consistentes com seu DNA interno e sua história.  Saiba mais:  http://www.bain.com.br

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Sobre Deise Sabbag

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Responsável por matérias especiais para o caderno B e titular de uma coluna no Diário Popular. Redatora especial e redatora de moda do City News, do grupo DCI, que posteriormente adquiriu o Shopping News e o Jornal da Semana. Idealizou e editou o Todamoda, que foi o primeiro caderno totalmente dedicado à moda no Brasil. Responsável pela execução de edições diárias em feiras nacionais de moda, como Fenit, Feninver, Feira de Moda de Fortaleza. Cobertura Internacional e pesquisas de tendências dos desfiles de alta-costura e prêt-à-porter em Paris, Roma, Milão e Londres. Docente do primeiro curso para formação de produtores de moda, ministrado pelo Senac. Foi membro do Conselho de Moda da Faap. Autora de três livros: “A Moda dos Anos 80”, “Na Moda de Corpo e Alma” e “Beleza e Qualidade de Vida de A a Z”.

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