Não tem vacina para essa epidemia brava de influencers?

Estou avisando: cresce,  de forma célere  e  descontrolada, o número de influencers,  atividade  que vem sendo abraçada por   quem andava perdido profissionalmente.    Nada contra a era on line,  que escancarou as portas  para quem quiser entrar.  Também nada contra os profissionais que têm o que dizer no marketing de influência. Mas acho uma  besteira  sem tamanho  postar selfies banais,  caprichando nas dancinhas,  fazendo caras,  bocas e biquinhos (sinalização sexual?), acordando,  na academia, se maquiando, se penteando, fazendo plástica,   mostrando tudo o que  come e, não raro,  abrindo pacotes de   jabás que ganham . São divulgadores de bobagens transformadas em “inspiradores” de gente incauta!

Há poucos dias, o comunicador Amaury Jr disse que a manada que invadiu o setor é desconcertante, porque  traz informação equivocada.  “A maioria influencia o que?  O gato a fazer xixi no lugar certo ?”, questionou. Também a atriz Luana Piovani registrou sua crítica, ponderando que  influencer não é artista. “Lamento a quantidade de estúpidos que são transformados em ídolos. Lamento o tanto   de influencers que  só pensam em encher do cofrinho”, desabafou.

Verdade que há perfis que se preocupam com informação. Mas nem sempre são os mais acessados.  Aliás, por falar em audiência,  vale lembrar  que algumas digital influencers mascaram a realidade, comprando  seguidores.   A partir de artifícios desse naipe, conseguem posts patrocinados, muitas vezes  tirando mercado de modelos,  jornalistas,  artistas etc. Esses novos famosinhos  da internet  assumem até o  trabalho de  estilistas e   desenvolvedores de produtos beleza, já que são convidados para assinar collabs  para as indústrias da moda e estética. Como bônus, a nova saga de influencers ainda ganha  cachês altos por meras aparições em eventos.   

Na maioria das vezes, o  que “quebra a internet” são  postagens vazias,  onde o que  conta é   a exibição da beleza/dotes  físicos de quem publica  em detrimento do conteúdo vazio da postagem. Enfim, não dá pra remar contra a maré: hoje em dia,  até o mercado publicitário  tende a valorizar a mais a aparência da contratada  do que os próprios produtos que divulgam. Devemos manter a esperança de dias melhores ?