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Modos e Modas é o blog da Jornalista Deise Sabbag. Inspirado nas tendências com possibilidade de alcançar as ruas e focado nas tendências adequadas ao biotipo brasileiro. Deise é autora de três livros: “A Moda dos Anos 80”, “Na Moda de Corpo e Alma”, e “Beleza e Qualidade de Vida de A a Z”, glossário reunindo os principais verbetes do setor.
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Patuás: como usar em acessórios esses amuletos que afastam o mal e trazem sorte.

Written By Deise Sabbag on quinta-feira, 25 de agosto de 2022 | agosto 25, 2022





Os talismãs têm fins místicos e religiosos, mas também são muito populares por sua beleza

O patuá é um amuleto muito usado em diversas religiões. Sua grande função é canalizar a energia para atrair coisas boas, mas também para afastar o mal.

Em religiões de matriz africana, ele  é feito com tecido e carrega o nome do orixá de quem o utiliza, junto com elementos que tenham relação com uma determinada energia. O efeito desejado, no entanto, depende da fé e determinação do usuário.

Também é possível usar o patuá feito em couro ao redor do pescoço, como anéis, pulseiras e até objetos de decoração, como pingentes, por exemplo. Um patuá muito conhecido são as fitinhas coloridas usadas nos pulsos, como a do Senhor do Bonfim. Com o intuito de trazer bênçãos, os devotos só se desfazem delas quando as fitas se arrebentam sozinhas.

Também há quem faça seus próprios amuletos com flores, ervas, especiarias, pedras, objetos e rituais específicos. Cada patuá pode ter um objetivo diferente, como amor e prosperidade. Eles  são facilmente encontrados em lojas de joias e semi joias. Quando são vendidos em formato de pingentes e berloques, é possível criar acessórios personalizados e com vários tipos de talismãs, sempre de acordo com a crença e o gosto  pessoal.


Como montar seu patuá


Não existem regras: cada pessoa pode escolher o que quiser e fazer as combinações preferidas. Muita gente constrói seus talismãs ao longo do tempo, com peças encontradas com o passar dos anos. Demora um pouco, mas se torna algo inegavelmente significativo.




Uma das dicas é escolher uma corrente longa (70 a 80 cm) para acomodar todos os pingentes de maneira confortável e sem incomodar a pele ou prender nas roupas.

É importante que a corrente seja bem resistente. Dependendo da quantidade, é necessário que o acessório não corra o risco de quebrar mediante o peso dos patuás.

Com um colar mais comprido, vale a pena investir em outros menores para formar um efeito de sobreposição. Os chokers são os mais recomendados.


Os patuás também ficam  bem em pulseiras. Compre uma correntinha com elos para encaixar os pingentes ou um modelo próprio para berloques.


Alguns anéis também usam talismãs no lugar de pedras solitárias ou qualquer outro adorno para obter  toques de misticismo.


Patuás mais populares


Existem centenas de amuletos que, além de beleza, também carregam simbolismos particulares.  Apesar disso, alguns são bastante populares e podem ser facilmente encontrados para compra. Confira abaixo: 


Olho grego





Também conhecido como olho turco, Olho de Deus ou Nazar, estima-se que o olho grego existe desde a época da Mesopotâmia, em 3300 a.C.  Até hoje, o talismã é usado para afastar energias negativas e mau olhado, sendo um poderoso item de proteção. 

O modelo mais comum é o olho azul. Acredita-se que, apesar do efeito de repelir coisas ruins, a cor também atrai boas energias.  O olho grego também pode ser encontrado em outros tons, como vermelho, amarelo e verde.


Trevo de quatro folhas


   


           

Talvez o amuleto mais conhecido do mundo, o trevo de quatro folhas é   associado à sorte, mas também é atribuído ao amor, fé e esperança. Esse grande valor é originário de sua raridade na natureza – já que a planta normal tem apenas três folhas; a quarta é uma anomalia – e também nas crenças de povos antigos, como os celtas, que existiram entre 600 a.C e 600 d.C.


Sua figura delicada faz com que o patuá seja muito procurado não somente em acessórios, mas também em estampas de roupas, objetos de decoração e até tatuagens.


Figa





A figa é um amuleto italiano. Originalmente, era utilizado pelos etruscos – povo que habitava a Etrúria, na península itálica, onde hoje é a Toscana – no Império Romano. 

Também é conhecida como Mano Fico, sendo “mano” a palavra italiana para “mão” e “fico” para “figo”, o que representaria a genitália feminina. Nesse sentido, é associado ao erotismo e à fertilidade.


No Brasil e em Portugal, no entanto, a figa simboliza a repreensão ao mau olhado e os desejos de boa sorte.


Mesmo que a figa de madeira tenha um apelo religioso muito forte, nos acessórios, o talismã é comum em metais nobres, como em um colar de prata ou ouro.


Mão de Fátima

                       

Fotos: Reprodução/Pinterest


Mão de Fátima (ou Mão de Hamsá) é uma mão com dois polegares (direito e esquerdo). O formato dos dedos é simétrico e se encontram no dedo do meio, que serve como uma espécie de eixo.  De origem judaica e islâmica, geralmente tem um olho grego no centro e é preenchida com desenhos variados, como pombos,  Estrela de Davi, peixes e algumas palavras em hebraico – sendo “sucesso” a mais popular.

O amuleto é usado para afastar os perigos e também para atrair felicidade, sorte e fortuna.  Os detalhes da Mão de Fátima faz com que seja possível encontrar vários modelos do patuá em lojas de acessórios, com prata, ouro branco ou amarelo e pedras brilhantes e coloridas. 

Mais informações: https://blog.aquilajoias.com.br/patua

Texto de  Isabela Reis/ Hedgehog Digital Brasil. 

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Sobre Deise Sabbag

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Responsável por matérias especiais para o caderno B e titular de uma coluna no Diário Popular. Redatora especial e redatora de moda do City News, do grupo DCI, que posteriormente adquiriu o Shopping News e o Jornal da Semana. Idealizou e editou o Todamoda, que foi o primeiro caderno totalmente dedicado à moda no Brasil. Responsável pela execução de edições diárias em feiras nacionais de moda, como Fenit, Feninver, Feira de Moda de Fortaleza. Cobertura Internacional e pesquisas de tendências dos desfiles de alta-costura e prêt-à-porter em Paris, Roma, Milão e Londres. Docente do primeiro curso para formação de produtores de moda, ministrado pelo Senac. Foi membro do Conselho de Moda da Faap. Autora de três livros: “A Moda dos Anos 80”, “Na Moda de Corpo e Alma” e “Beleza e Qualidade de Vida de A a Z”.

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