Roupas com o zelo do bem feito e com
base na criatividade usável são reveladas nas imagens do concorrido desfile de
Amalfi, ocorrido em 2013, no tradicional clube Circulo Italiano San Paolo.
Figura emblemática, amigo leal e
sincero, coração maior que o mundo, se vivo fosse, no dia 2 de abril de 2021, Matteo Amalfi
completaria 88 anos de idade. Italiano de berço, aos 13 anos transferiu-se, com seus familiares, para São Paulo, onde viveu até sua morte, em 2014. Influenciado pelo pai, cursou faculdade de economia e trabalhou
no escritório da tradicional família Matarazzo, onde passava o tempo desenhando
roupas.
Contrariando os desígnios da família, ele
optou por seguir a carreira de moda.
Quando Clodovil deixou a butique
Signorinella – renomada casa de costura
paulistana nos anos 60-, a dona da empresa amou os desenhos de Amalfi, e logo o contratou.
Ele fazia tudo diferente de seus
concorrentes. Enquanto os costureiros contemporâneos seguiam o mote de "quanto mais pompa, melhor", ele pendia
para os itens de cortes básicos (com predileção por tailleurs e conjuntos), seguindo a linha
clean e regras da alfaiataria clássica. Em 1963, ganhou o prêmio
Agulha de Platina pela Matarazzo Boussac.
Em 1971 recebeu Medalha de Ouro, outorgada pela Fenit, pelo melhor desfile do ano.
Desenhava ( e muito bem) respeitando formas, proporções e movimentos. Foi
pioneiro no ensino de desenho de moda no
Senac. Paralelamente, desenvolveu grande
expertise na elaboração de uniformes
diferenciados. Entre as décadas
de 80 e 90, vestiu as aeromoças das companhias TAM e Varig e das extintas Vasp
e Transbrasil. Foi sinônimo do luxo da simplicidade bem feita.
0 comentários :
Postar um comentário