Muitas vezes, a diferença entre uma simples parede e uma superfície de destaque está no acerto de uma obra de arte bem colocada. “Obras de arte são a alma da casa e dizem muito sobre quem somos e o que admiramos. É nelas que o morador demonstra sua personalidade e cultura”, opina Ieda Korman, do escritório Korman Arquitetos, que há mais de 40 anos é referência na criação de projetos personalizados no Brasil e exterior. “Seja uma tela, fotografia ou escultura, a arte enriquece o décor e valoriza o local em que estiver inserida”, complementa. Na imagem acima, escultura em bronze patinado de Sonia Ebling e ao fundo tela de Tikashi Fukushima.
Ieda lembra que todo ambiente pode receber peças de arte – livings se tornam mais interessantes, quartos ganham personalidade, corredores se transformam em algo maior do que simplesmente passagem. “É pertinente inserir uma obra artistica até mesmo na cozinha. Uma bela fotografia de temperos, por exemplo, é uma opção extremamente sensorial. Vasos cerâmicos ou de ferro, de artistas variados, e esculturas também podem abrilhantar um jardim”, explica. A profissional reforça que elas não devem, necessariamente, serem expostas em paredes, mas também podem ser posicionadas sobre móveis – como aparadores ou mesas de centro e laterais - paredes, ou até mesmo repousadas no chão”.
Projetos Korman Arquitetos: obra de Loro Verz; requinte de quadros e tapeçarias e gallery wall na sala de estar. Fotos: Gui Morelli. |
Mas como fazer a melhor curadoria? Nesse caso, Ieda explica que deve imperar o gosto e perfil pessoal. "Obras de arte nunca saem de moda, mas muitas vezes determinam certo estilo”, explica. O ideal é optar por aquelas que mais agradem ao proprietário e que conversem com o projeto como um todo. No geral, procuramos direcionar nossos clientes, dando-lhe um conhecimento melhor sobre o mundo das artes na hora da aquisição. Creio que uma obra não precisa ser necessariamente cara ou de um artista consagrado para valorizar um projeto. O morador pode possuir peças de artesanato interessantes, telas de um artista local ou pouco conhecido, e outras de valor estimativo”, ensina a profissional.
Obras de arte contemporâneas, incluindo uma peça de Tomie Ohtake. .Foto: JPIMage |
Para
uma composição perfeita, a busca por equilíbrio e harmonia é essencial – assim,
toda obra tem seu destaque, sem saturar o ambiente. Ieda adverte que não é
necessário combinar as peças entre si. “O importante é que elas se conversem,
fazendo com que a composição se torne agradável. Pensando em uma parede de living, o ideal é
que a obra esteja na altura dos olhos, a aproximadamente a 1,60 m ou a, no
mínimo, 20 cm de distância de um estofado. Em salas de jantar, o melhor posicionamento
é na altura da mesa. A assimetria também é muito bem-vinda, surpreendendo o
olhar”, afirma.
Independente de como forem
posicionadas, a profissional sugere que
a iluminação tem papel-chave para valorizar as obras de arte. “A iluminação de
quadros ou esculturas em um espaço é determinante para que seu visual e
importância sejam definidos no ambiente. Criar focos de luz, destacando as
peças mais especiais do ambiente, é uma ótima forma de direcionar o olhar”,
sugere.
Cuidados e manutenção
Obras
de arte são itens de valor e devem perdurar por gerações. Para conservá-las e
preservar suas características originais, Ieda Korman ensina alguns cuidados
essenciais. “Evite locais com muita iluminação solar direta, que pode desbotar e agredir obras de arte. O ideal
e colocá-las em locais arejados, pois a umidade também é nociva”, explica.
Para a limpeza, cada peça tem sua particularidade. Quadros a óleo, por exemplo, não devem ser limpos com abrasivos. “Nesse caso, opte pela limpeza apenas com um espanador ou pano seco. Molduras de gravuras ou desenhos com vidro, por sua vez, devem receber apenas álcool e um pano seco. Esculturas de metal, por outro lado, podem ser limpas com um pano úmido com água”, complementa.
Korman Arquitetos - tel (11) 3060-8313, www.kormanarquitetos.com.br
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